Vestígios de um Antigo Rio de Janeiro: As Morfologias Urbanas Coloniais-Mercantis da Cidade
por Yan Breno Azeredo
INTRODUÇÃO
A cidade do Rio de Janeiro enquanto centro
político do império português na América, ergueu grandes símbolos urbanísticos
coloniais. Essas marcas se intensificaram ainda mais no século XIX com a
chegada da família real portuguesa, momento em que a cidade se transformou na
própria metrópole do império português. Tais formas, funções, estruturas e
processos dessa época baseavam-se em uma lógica colonial-mercantil-escravista e
que engrenaram todo o sistema político, econômico e social no período colonial
e imperial.
Com o crescimento da cidade, inúmeras questões
ganharam folego, principalmente com a mudança do sistema político, econômico e
social. Já no início do século XX, com o Rio de janeiro sendo a capital da
república, grandes mudanças ocorreram na forma urbana mediante a necessidade de
se adequar a concentração e acumulação do capital. Segundo Mauricio de Abreu
(1986), este momento de transformação se inicia durante a presidência de
Rodrigo Alves (1902-1906) que indicou para o cargo de Prefeito do Distrito
Federal, Francisco Pereira Passos, um dos responsáveis pelo plano da Comissão
de Melhoramento da Cidade do Rio de Janeiro (1875) que nunca foi executado.
Dessa forma, Pereira Passos liderou a maior transformação já vista no espaço
urbano carioca até então.
Pode-se entender a “Reforma Pereira Passos” como
um conjunto de obras públicas que redefiniram radicalmente a estrutura urbana
da cidade do Rio de Janeiro. O centro da cidade foi reconstruído, rompendo
drasticamente com as características coloniais (ABREU, 1986 apud SANTOS
& MOTTA 2003). A cidade colonial-mercantil-escravista que até então existia
começou a sofrer seus primeiros golpes com a abertura da Avenida Central, atual
Avenida Rio Branco, unindo o Rio de Janeiro de “mar a mar”, ou seja, do porto,
na então Prainha, até a Mauá, além da demolição de mais de 600 construções.
Segundo Noronha Santos, citado por Abreu (1986),
nesse período a cidade começou a perder pouco a pouco os aspectos de grande
vila portuguesa, “modificara a feia e pesada edificação colonial”. O
período revolucionou a forma urbana carioca, passando a adquirir uma fisionomia
totalmente nova e condizente com as determinações econômicas, políticas e
ideológicas daquele momento. Podemos dizer que é nesse instante que acontece
uma descontinuidade, o padrão de cidade colonial-mercantil-escravista de forma
rápida migra para um padrão de cidade urbano-industrial-capitalista.
Esta cidade urbano-industrial-capitalista até a
década de 1930, carecia de alguma tentativa mais elaborada de projeção de um
plano urbanístico, mesmo com a recente reforma. A busca por um projeto desse
tipo se tornou indiscutível quando as contradições do desenvolvimento da
urbanização carioca foram acentuadas. Tinha-se de um lado, a Zona Sul em
crescimento, assumindo a forma de região de habitação das classes médias e
altas da cidade, e de outro, um subúrbio guiado em torno das linhas férreas da
Central e da Leopoldina, carente de serviços públicos básicos e ocupado por
populações de baixa renda (TELES MENDES, 2012).
As mudanças ocorridas no início do século XX
simbolizavam o começo de um novo momento da organização social carioca que só
viria se concretizar completamente com a Revolução de 30 (ABREU, 1986). Tal
momento, deu-se em continuidade a Reforma Pereira Passos, juntamente com ela o
talhamento de morfologias coloniais-mercantis que ainda resistiam na paisagem
carioca. Por exemplo em 1920, quando a cidade estava sob a administração de
Carlos Sampaio, encaminharam-se as comemorações para o Centenário da
Independência do Brasil. Desse modo, o prefeito logo efetuou o desmonte do
Morro do Castelo e a destruição do Bairro da Misericórdia, antigo projeto tão desejado pelas classes
dominantes, a qual o aterro, criou novos solos urbanos para o que viria a ser o
primeiro plano diretor da cidade do Rio de Janeiro (ALMEIDA, 2005).
O Plano Agache respondia a necessidade de
adequar a cidade a existência de um setor industrial que se tornara realidade e
necessitava por infraestruturas. O plano também previa obras de remodelação
urbanística em resposta as expectativas de uma burguesia urbana inspirada nos
modelos europeus de cidade, o que levou ainda mais ao desaparecimento das formas
coloniais-mercantis.
Mais tarde com avanço do perímetro
urbano-industrial para a periferia da cidade e consequentemente com o início do
processo de metropolização mediante a um novo sistema de acumulação flexível de
capital, grande parte das formas e estruturas coloniais foram substituídas por
morfologias modernas. Nesse momento pouquíssimas e restritas formas ainda se
mantiveram presentes na paisagem carioca. Assim sendo, esse trabalho tem como
objetivo identificar na morfologia urbana da cidade do Rio de Janeiro a
estrutura colonial-mercantil ainda presente no conjunto de suas formas e
funções herdadas. O que a cidade carioca ainda tem em sua morfologia urbana de
colonial e mercantil?
METODOLOGIA
Para a caracterização deste trabalho foi
realizado um recorte espacial, assim como um trabalho de campo na disciplina de
Tópicos Especiais em Geografia Urbana na Universidade Federal Fluminense no
sexto período, que compreendeu as regiões da Praça XV e seus arredores, o Largo
da Carioca, o Convento de Santo Antônio e o Real Gabinete de Leitura como forma
de exercício e auxílio na identificação das estruturas coloniais-mercantis.
A
partir desse exercício e embasado em uma pesquisa bibliográfica, o seguinte trabalho
contou com o processo de identificação e verificação das formas ainda presentes
na paisagem da cidade carioca. Vale ressaltar que o recorte inicial elaborado
se estenderá para todo o centro da cidade, sendo um complemento ao que já foi
identificado durante ao trabalho de campo (Figura 1). Por motivos
metodológicos, traçaremos primeiramente as estruturas já identificadas durante
o trabalho de campo realizado. Logo em seguida, as outras formas presentes no
espaço central carioca.
Figura 1 - A área de
identificação das morfologias engrandecera todo o centro da cidade do Rio de
Janeiro. Fonte: Elaborado pelo Autor.
AS ESTRUTURAS COLONIAS-MERCANTIS NA CIDADE CARIOCA
Segundo De La Riestra, a cidade do Rio de
Janeiro teve do ponto de vista arquitetônico e urbanístico duas distintas
cidades que já desapareceram quase que por completo: a cidade colonial
(fundação da cidade até 1904) e a historicista-eclética (de 1904 a meados do
século XX). Hoje, temos uma terceira exclusivamente moderna. Dessa modernidade,
ou pelo menos até a sua chegada, as formas e estruturas das duas cidades
anteriores foram derrubadas de modo avassalador, principalmente a cidade
colonial. Ela praticamente desapareceu e pouca foram as formas e estruturas que
ainda se mantiveram presente na cidade.
A primeira estrutura que podemos identificar e
que fez parte do exercício de reconhecimento está localizado na Praça XV de
Novembro, refiro-me ao Paço Imperial (Figura 2). Construído em 1743 por ordem
da Coroa portuguesa, o Paço tinha como função abrigar a sede das capitanias do
Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Por causa disso, o edifício recebeu a
denominação na época de Casa dos Governadores. Devido aos processos históricos,
o Paço perpassou por mudanças em sua função e sua estrutura, por exemplo, a transferência da capital de Salvador para o
Rio, em 1763, ocasionou a mudança de
nome para Paços dos Vice-Reis. Mais tarde com a chegada da família real
portuguesa, transformou-se em Paço Real e, em 1826 com o império, em Paço
Imperial.
Figura 2 - Paço Imperial,
localização e detalhe da forma. Fonte:
Mapeamento elaborado pelo autor; Desenho: Caderno de Viagem Rio, De La Riestra;
Foto: Google Imagens.
Já bastante conhecido como o Paço Imperial,
durante a República Velha, foi sede dos Correios e Telégrafos. Sofreu nesse
momento, sobre tudo em 1929, reiteradas alterações que o descaracterizaram. De
acordo com De La Riestra, os aspectos originais da construção foram recuperados
durante a restauração realizada em 1985 para converte-lo em um centro cultural.
Atualmente, o Paço continua sendo um espaço multicultural[1] com programação diversas,
além de serviços de lojas e restaurantes.
Ainda na Praça XV podemos encontrar próximo ao
Paço Imperial o Chafariz do mestre Valentin (Figura 3). Foi construído em 1789
mediante ao remodelamento do cais a época e em substituição ao um antigo
chafariz instalado em 1747. O chafariz inicialmente situava-se à beira-mar,
todavia, devido ao aterramento encontra-se hoje afastado da linha de costa. Tinha
como finalidade abastecer de água a vizinhança assim como as embarcações. Ele
foi construído em formato cúbico e uma balaustrada alçada, encerrando-se em uma
pirâmide terminada em uma esfera, símbolo de Portugal. É interessante mencionar
que durante a década de 1990, uma escavação próxima ao chafariz recuperou a
escadaria original de acesso, assim como o antigo cais (BRASIL, 1938).
Figura 3
– Chafariz do Mestre Valentin, localização e detalhe da forma. Fonte: Mapeamento
elaborado pelo autor; Desenho: Caderno de Viagem Rio, De La Riestra; Foto:
Google Imagens.
Bem próximo à Praça XV, mais especificamente na
Avenida Presidente Antônio Carlos, na esquina com a Rua São José podemos
encontrar outra estrutura do período colonial, a Igreja de São José (Figura 4).
Construída no local onde já havia uma capela dedicada a São José (1608), as
obras da igreja com seu prédio atual só
foram iniciadas dois séculos mais tarde, em 1808. Ela enfim foi inaugurada em
1842 juntamente com sua consagração. Em 1926, a igreja foi ofuscada com a
construção do Palácio Tiradentes e sua forma eclética bem ao lado da igreja.
Figura 4 – Igreja de São José, localização e detalhe da forma. Fonte: Mapeamento elaborado pelo autor; Desenho: Caderno de Viagem Rio, De La Riestra; Foto: Google Imagens.
Seguindo
ainda o percurso do campo, saímos da área da Praça XV e nos encaminhamos para o
Largo da Carioca. É ali que encontramos umas das mais características estruturas
dos tempos coloniais, refiro-me a Igreja e Convento de Santo Antônio com a
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência (Figura 5). Tal
estrutura permanece no que ainda resta do morro de Santo Antônio, o que segundo
De La Riestra é uma espécie de ilha da paz em meio ao formigueiro humano no
Largo da Carioca. Em 1607, os frades franciscanos se instalaram no local, onde
o convento atual o foi erguido em 1780.
A
Igreja de Santo Antônio teve sua construção iniciada em 1608. Já sua vizinha, a
Igreja da Ordem Terceira começou a ser erguida em 1653. O convento possui um
mausoléu de construção recente, data de 1937. Ali encontra-se os restos mortais
de importantes figuras imperiais como por exemplo a Imperatriz do Brasil Dona
Leopoldina, Dom João Carlos Borromeu e Dona Paula Mariana, filhos de Dom Pedro
I. O convento hoje é considerado um dos tesouros coloniais ainda presente na
paisagem carioca. Tal fato ainda é desconhecido pela grande população da cidade
o que mostra a pouca movimentação do local em dias de visitação. Todavia, a
igreja funcionam normalmente com seus atendimentos, missas e confissões[2].
Figura 5 – Convento Santo Antônio, localização e detalhe da forma. Fonte: Mapeamento elaborado pelo autor; Desenho: Caderno de Viagem Rio, De La Riestra; Foto: Google Imagens
O
último ponto do recorte foi o Real Gabinete Português de Leitura, localizado na
Rua Luís de Camões, número 30. O edifício foi construído entre os anos de 1880
e 1887. Nele conserva-se a maior e mais valiosa biblioteca de autores
portugueses fora de Portugal. A sua forma foi concebida com a intenção de
expressar um caráter de grandeza nacional português. No ano de 1990, a
biblioteca foi classificada como “biblioteca pública”[3], possibilitando agora
acesso aberto ao público em geral. Sua estrutura interna é considerada uma
obra-prima, é composta de galerias de madeira sustentadas por uma serie de
colunas torcidas, extremamente detalhadas, há corredores de acesso e estantes
que guardam mais de 350 mil livros históricos. Infelizmente o Real Gabinete,
assim como o Convento de Santo Antônio não tem a fama que deveria ter (Figura
6).
A
identificação das estruturas agora passará por fora do recorte estipulado
durante o exercício em campo. O próximo reconhecimento é uma das primeiras
formas coloniais da cidade do Rio de Janeiro, estou me referindo a Igreja do
Mosteiro de São Bento (Figura 7) localizado na rua Dom Gerardo, número 68.
Dentre os mosteiros da cidade ele é o mais bem conservado, foi construído em
uma colina no ano de 1586 por monges beneditinos, sendo concluída em 1669.
Infelizmente durante o processo de crescimento urbano da cidade, o mosteiro
ficou encoberto na paisagem da região central após a chegada de inúmeros
arranha-céus. Suas formas delatam uma clareza em sua fachada e suas proporções
são típicas do século XVII. No ano de 1652, deu-se início as obras do novo
prédio do Mosteiro, substituindo o antigo, feito de taipa de mão ou Pau a
Pique, típica técnica utilizada no período colonial.
Alguns
episódios valem ser mencionados. Em 1711 o Mosteiro foi bombardeado por ocasião
da invasão francesa causando-lhe muitos danos. Já no ano de 1732, um incêndio
destruiu o prédio principal do mosteiro, destruindo grande parte de objetos
históricos. É interessante mencionar também que com a chegada da Família Real
Portuguesa em 1808, o Mosteiro serviu como hospedagem para diversos membros da
comitiva real. Foi também, nesse mesmo ano, sede da hoje Escola Naval por 31
anos. Desse modo, percebe que a estrutura do Mosteiro, em seu processo de
transformação perpassou por diversas funções, sempre, mesmo assim, mantendo seu
caráter religioso.
Figura 7 – Mosteiro de São Bento, localização e detalhe da forma. Fonte: Mapeamento elaborado pelo
autor; Desenho: Caderno de Viagem Rio, De La Riestra; Foto: Google Imagens
Retornemos agora a Praça XV
novamente. Além das já mencionadas estruturas presentes na praça, o Arco do
Telles (Figura 8) é outra forma que podemos identificar nessa região do centro.
Para passar da Praça XV até a Rua do Ouvidor, passasse pelo Beco do Comércio,
adornado por este arco, construído em meados do século XVIII. É considerado um
dos mais bem-conservados recantos do Rio antigo, o arco faz parte da única
fachada de três edifícios coloniais quase idênticas que compunham aquele lado
da praça, denominada antigamente como Largo do Carmo. O arco levou o nome de
seu idealizador, Francisco Telles de Meneses, que sediou o Senado da Câmara
entre 1757. Hoje, a área é bastante conhecida por sua vida noturna e pelo
chamado “happy hour”, possuindo diversos bares, restaurantes e festas.
Figura 8- Arco do Telles, localização e detalhe da forma. Fonte: Mapeamento
elaborado pelo autor; Desenho: Caderno de Viagem Rio, De La Riestra; Foto:
Google Imagens.
Uma
das marcantes formas coloniais sem dúvidas são os Aquedutos da Carioca, mais
conhecidos com Arcos da Lapa. O aqueduto, foi concluído em 1750 e foi projetado
por José Fernandes Pinto Alpoim tendo cerca de 270 metros de extensão. Ligando
os morros de Santa Teresa e Santo Antônio, tinha a função original trazer para
a cidade as águas do Rio Carioca. Mais tarde, em 1896, não sendo mais usado
como abastecimento de água, foi convertido em viaduto para os bondes elétricos
dando acesso ao bairro de Santa Teresa. Atualmente o Aqueduto, principalmente
na região do Largo da Lapa é reduto de bares e restaurantes.
O
centro da cidade do Rio de Janeiro possui outras estruturas além das
apresentadas até aqui. Tendo em vista a ideia de identificação unicamente,
mostra-se no mapa a seguir outras formas de estruturas coloniais presentes na
cidade carioca.
Figura 9 - Mapa com as estruturas coloniais ainda presentes na cidade carioca. Fonte: Elaborado pelo autor.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Primeiramente
é importante sinalizar que o recorte espacial e o exercício em campo auxiliaram
enormemente o processo de identificação das estruturas coloniais-mercantis da
cidade do Rio de Janeiro. Foi a partir deles que a compreensão do espaço
central carioca se tornou mais nítida no que diz respeito ao passado da cidade.
Podemos perceber que a cidade atravessou por três momentos diferentes: a cidade
colonial-mercantil, a urbano-industrial e por fim a moderna-metropolitana.
Dessa forma, as estruturas coloniais foram sendo sobrepostas por esses novos
momentos, ou seja, as estruturas urbanos-industriais se projetaram sobre as
estruturas colônias que por sua vez foram justapostas pela cidade
moderna-metropolitana. A partir desse processo, as formas coloniais foram
demasiadamente sendo substituídas por formas mais modernas até o
desaparecimento quase que por completo dessa cidade.
Pode-se
concluir isso, com base na identificação das formas resistentes na paisagem
central da cidade. Acredito ser interessante dizer, que essas poucas formas
resistiram, resistem e continuarão a resistir mediante aos processos
históricos. Percebe-se que grande parte das estruturas que ainda podem ser
vistas, fazem parte de restritas características como por exemplo edifícios
governamentais ou alicerces civis. Ainda sim, existe uma característica bem
marcante entre as formas coloniais, refiro-me as igrejas. Das 17 formas
identificadas, 10 delas são igrejas e conventos, ou seja, um pouco mais da
metade do que ainda permanece na cidade de colonial corresponde a cunho
religioso. Acredito que tal resultado não seja surpreendente, já que a
religiosidade fez parte do processo de formação socioespacial das cidades
brasileiras.
Um outro aspecto que merece ser exposto, diz respeito a espacialização dessas formas. Verifica-se que todas se enquadram dentro do núcleo inicial da cidade, ou seja, entre os morros de São Bento, Castelo, São Francisco e da Conceição. Se inserirmos um círculo com seu centro no Paço Imperial, verificamos que a presença das formas identificadas nesse trabalho estão dentro de um raio de 1 km. Observe a figura 10 comparando-a com o mapa da figura 9.
Figura 10 - As estruturas urbanas
identificadas estão dentro de um raio de 1 km, com seu centro no Paço Imperial.
Fonte: Google Earth.
Por fim, a projeção da cidade urbano-industrial e mais tarde com o processo de metropolização, grande parte das formas e estruturas coloniais foram substituídas. Afirma-se que pouquíssimas e restritas formas ainda se mantem presentes na paisagem carioca. A cidade ainda tem em sua morfologia urbana formas coloniais e mercantis importantes e que contam bastante o rumo que a cidade tomou. Basta nesse momento cuidar desses patrimônios assim como divulgar para população em geral o tesouro presente próximo a elas. Como já disse, essas formas resistiram, resistem e precisam continuar resistindo no espaço urbano carioca, querendo ou não são parte da cidade a serem respeitadas.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ABREU,
Maurício. Evolução urbana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
IPLANRIO/Zahar, 1987.
ALMEIDA, Daniel Vater. Plano
Agache: A Cidade do Rio de Janeiro como palco do 1º Plano Diretor do País e a
Consolidação do Urbanismo no Brasil. In: X Encontro de Geógrafos da América
Latina, 2005, São Paulo. Anais do X EGAL. São Paulo: EDUSP, 2005.
BRASIL,
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, Livro de
Belas Artes, 1938, Brasília - DF.
DE
LA RISTRA, Pablo. Caderno de Viagem: Rio de Janeiro, Bei Comunicação,
São Paulo, 2011.
SANTOS,
A. M. S. P.; MOTA, M. O "bota-abaixo" revisitado: o Executivo
municipal e as reformas. Revista Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v. 10, p.
11-33, 2003.
MENDES,
José Teles. O Plano Agache: Propostas para uma Cidade-Jardim Desigual.
Revista Habitus: revista eletrônica dos alunos de graduação em Ciências Sociais
- IFCS/UFRJ, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p.116-127, dezembro. 2012. Semestral.
Disponível em: <www.habitus.ifcs.ufrj.br>. Acesso em: 28 de dezembro 2019.
[1] Centro Cultural do
Patrimônio Paço Imperial. http://www.amigosdopacoimperial.org.br, acesso em 29 de junho
de 2019.
[2] Convento de Santo
Antônio. http://conventosantoantonio.org.br, acesso em 30 de junho
de 2019
[3] Real Gabinete Português
de Leitura. http://www.realgabinete.com.br, acesso em 30 de junho
de 2019.
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