As mudanças na Região Serrana do Espírito Santo segundo as transições dos “meios”.
O texto a seguir foi uma atividade requerida à disciplina de Teoria da Geografia ao curso de Geografia da Universidade Federal Fluminense - UFF como caráter avaliatório. Texto foi produzido por Israel Bonadiman de Carvalho Silva.
O estado do Espírito Santo pouco
explorado, em natureza pura antes da captura do conceito de terras da colônia
pelo governo português, a intervenção humana detinha pouca influência, tendo no
início uma função qual o homem de forma direta, sem intervenção, retirava de
suas terras o necessário para a vida. Com o passar dos anos os índios ali já
começaram a simbiose com o meio, com o desenvolvimento de técnicas de
observação dos regimes naturais (fases da lua, estações do ano, admoestação de
espécies de acordo com essas variações naturais e climas, tal como a terra mais
propícia para o cultivo).
Pois bem, em foco no sul do estado mais
sobre a região Serrana, de um clima de temperaturas baixas para médias,
altitude acima dos 600 m nível do mar. O café durante o período colonial se
instalou com a mão de obra escrava, num período do meio técnico, sendo
comercializado sob critério da metrópole.
Com a evolução histórica, na época da
substituição da mão de obra escrava pela a assalariada, os imigrantes chegaram
ao Brasil. Muitos percorreram em direção ao estado em que analisamos, e se
instalaram em sua região Serrana por conta do clima similar ao europeu .As disponibilidades
de terras com a queda de grandes latifundiários, possibilitando aos que havia
algum tipo de recurso a capacidade de adquiri-las compôs uma das
características do estado e mais especificamente da região serrana, a
descentralização das propriedades agrícolas. Em 1985 o Espírito Santo
apresentou o menor índice de concentração de propriedades agrícolas. Com a
instalação dos imigrantes italianos, alemães e poloneses, novas técnicas
surgiram na agricultura capixaba serrana, tal como: as curvas de níveis para
cultivo do café, a rotatividade de culturas, adubação com dejetos animais. A
forma de instalação sobre a terra e constituição social, onde propriedades de
pequeno e médio porte empregavam de formas distintas, seja por acordos que
variam de pagamento em dinheiro constante de acordo com tempo trabalhado à
porcentagem no produto final dos lucros, e na troca por residência e alimento.
Isso fez com que o desenvolvimento fosse menos heterogêneo.
Toda a cultura basicamente organizou-se
por meio da agricultura onde as principais festas são aquelas em que a colheita
de determinadas espécies se dá. Porém a entre as décadas de 1950-1970 a
agricultura do estado passou por uma crise. Pela geologia local uma nova
atividade tomou espaço favorecido pelo capital estrangeiro, acumulo de capital
interno e desenvolvimento científico. Espalhado e pertencente a paisagem do
estado os
pontões graníticos atraíram um novo investimento que transformou a economia e
organização do sul do estado, o da extração de mármore e granito.
Os terrenos antes que grande parte era
composta de rochas, insalubres para a agricultura e baratos tornaram-se caros e
fundamentais, valorizando-os. Essa intervenção na natureza não mais a domina,
não mais com ela ocorre simbiose, mas com ela remonta todo um novo cenário, um
cenário que ainda parece natural, mas faz da natureza totalmente sintética. A
força braçal da agricultura deu lugar as maquinas de última geração e a química
útil tanto na extração (pelos artifícios das bombas dinamites) ocasionando um
saldo negativo, pela queda da mão de obra ativa. Na extração de mármore e
granito o tipo de rocha, influencia na liberação das matérias que por hora do
intemperismo e lixiviação estariam em certo número no solo, no lençol freático
e na água e com isso fazem com que esse número seja sobressalente. Algumas
empresas descartam o pó de pedra (em suma carbonato e cálcio, segundo o
professor de química Miriel Bonadiman Zanol do instituto Federal do Espírito
Santo - IFES-) de forma irregular, contaminando a água e auxiliando na
compactação do solo pelo preenchimento dos poros, gerando grave impacto
ambiental e aumentando o escoamento superficial atingindo. O descarte irregular
nos rios, ocasiona assoreamentos, consequentemente enchentes e inundações de
áreas agricultáveis e problemas na qualidade e abastecimento de água.
O desenvolvimento desse modal econômico
organizou na região Serrana do estado, um modal de exploração gerando um PIB
maior para as cidades e para o estado, tal como um aumento no Turismo visto que
os maciços começaram a serem atrativos a estrangeiros. O crescimento do turismo
e da exploração do Mármore e granito gerou a preocupação com os domínios dos
parques ecológicos em que a geologia favorece o crescimento de suas atividades.
Esse novo centro, organizou em um
território o desenvolvimento informação e técnicas específicas que atraem a si
maior investimento a pesquisa e alavanca o câmbio científico nas universidades
ao redor, como no caso do campus da UFES de Alegre. O desenvolvimento das estradas
do Sul do estado e melhoramento é um importante ponto visto que pelas rodovias
se dá o escoamento até o porto de vitória para comércio internacional e
nacional. Tal comércio internacional faz com que a região dialogue e tenha
espaço no mercado internacional. O melhoramento das redes de comunicação teve
de ser posto em exercício para melhor fluxo econômico e de informações
melhorando assim no interior do estado os serviços de telefonia e internet.
Assim
o curso da vida econômica social e ambiental do sul do estado do Espírito
Santo, atingiu uma interação técnico cientifica informacional, que antes
concentrar-se-ia a região metropolitana nas cidades ao entorno da grande
vitória. E desenvolveu uma economia mais complexa ativa a vida social antes
caracterizado por um status rural, já transformado e possuindo uma paisagem bem
sintética.
Israel Bonadiman de Carvalho Silva
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