Percorrendo "da Cidade à Sociedade Urbana" de Lefebvre
Texto foi produzido por Yan Breno Azeredo Gomes da Silva.
Com o estabelecimento dessas
cidades políticas, a troca e o comercio tenderam a aumentar. De início essas
atividades eram cofiadas as determinadas pessoas, o que ele chama de “estrangeiros” e que aos poucos foi se
fortalecendo funcionalmente. Os lugares que essas pessoas ocupavam era excluído
da cidade política como as caravanas, praças de mercado e os burgos, e em consequência
disso o processo de integração do mercado e da mercadoria à cidade levou séculos
para se concretizar. Quando enfim concretizou-se a praça do mercado se torna
central, suplantando a praça da reunião, a ágora da cidade política. O espaço
urbano agora torna-se o lugar de encontro das coisas e das pessoas e por fim da
troca. A cidade mercantil tem o seu
lugar agora no percurso do fenômeno urbano.
A troca comercial transforma-se na nova função urbana, função essa fez surgir
uma nova forma na arquitetura e na urbanística e em consequência uma nova
estrutura do espaço urbano.
Seguindo adiante, com o
crescimento do capital comercial, a cidade comercial reorganizada na cidade política
precede o capital industrial e por consequência a da cidade industrial. A cidade
industrial segundo Lefebvre estaria antes de mais nada vinculada à não-cidade já que a indústria se
implanta primeiramente próxima as fontes de energia, de matérias primas e da
reserva de mão de obra presente no campo. Ela só se aproxima das cidades para
chegar-se aos capitais e os capitalistas, dos mercados e de uma abundante mão
de obra a preços baixíssimos. Portanto, a indústria começa a ser implantada
quem qualquer lugar e alcança as cidades já existentes, ou até mesmo constrói novas
cidade. Nesse momento a produção industrial é maior que as trocas mercantis e a
cidade industrial precede e a anuncia a zona
crítica e todas a suas consequências.
Ao final, a problemática
urbana se estabelece a uma escala mundial, a realidade urbana modifica as relações
de produção, tornando-se uma força produtiva. Desse modo, o fenômeno urbano
segue com o surgimento da cidade política
com intuito de impor ordem, ordenação e poder; logo depois com o crescimento
das trocas e do comercio surge a cidade
mercantil a qual as trocas comercias aparecem como função urbana. Nesse
momento a uma inflexão do agrário para o urbano caracterizando o processo de implosão-explosão
dando origem a cidade industrial onde
a produção industrial é maior que as trocas mercantis precedendo e anunciando o
momento crítico (zona crítica) quando
a cidade se transforma no urbano em si, não como uma realidade acabada, mas
como virtualidade.
Bibliografia
LEFEBVRE, H. A Revolução Urbana, Belo Horizonte, Capitulo I, Da Cidade à Sociedade Urbana, 1999, Ed. UFMG
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